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28 janeiro 2012

Professor é importante?


Este post foi motivado por certa vivencia lecionando, por papos com colegas professores de todas as categorias, pela figura ao lado e pelo fato de eu estar nessa “tribo”.
Em nosso pais NUNCA mas NUNCA MESMO o ensino foi realmente valorizado. Escolas são apenas empresas comerciais voltadas ao faturamento. A preocupação com a cultura e a formação dos estudantes, quando existe, é motivada apenas pelas necessidades de mercado.
Existem as escolas publicas é claro, mas parece que estão la só para cumprir uma exigencia constitucional. Pena que a constituição não especifique que qualidade é mais importante que quantidade. Temos levas e levas de “estudantes” que são promovidos para a serie seguinte sem noção nenhuma de nada.
Por acaso é de admirar que a ignorancia campeie solta em nossa pátria? Falo não só da ignorancia pedagogica mas da ignorancia dos mais basicos principios de ética e educação. Sem falar que na disputa de vagas de emprego..... sem comentarios.
Li semana passada que esta dificil contratar pessoas que REALMENTE saibam ler e escrever. Muita gente “alfabetizada” não consegue entender as instruções de manuais de conduta, pelo simples fato de não conseguirem interpretar corretamente o que esta escrito. Ou seja, essas pessoas reconhecem os simbolos graficos mas não sabem realmente LER. São tambem chamados de analfabetos funcionais, ou algo assim.
Para ser professor voce tem que fazer faculdade, TCC,Pos, o diabo a quatro. Depois na hora de trabalhar voce tem que tentar ensinar molecada que não esta interessada, que falta a metade das aulas e quando comparece não participa, que ameaça a professora se não tirar notas boas.
O que voce espera que este pais se torne?
Uma Suiça? Uma Alemanha? Um Japão?
Nem nos seus sonhos mais loucos.
É preciso criar uma cultura de valorização do estudo e de quem ministra esse estudo.
Motivação não acontece com shows na escola nem com gritar palavras de ordem agitando bandeirinhas.
Motivação é dada com trabalho digno, decente e com salarios compativeis com o esforço empregado na formação profissional.

Professor tambem tem contas a pagar como qualquer um. Ou alguem pensa que e gente chega no supermercado com uma carteirinha de professor e nos dão comida de graça?
Bom... deixa eu parar por aqui antes que comece a dizer bobagens...

01 setembro 2011

Mudança de Profissão

Durante cerca de 28 ou 29 anos eu trabalhei como técnico em eletrônica em diversas empresas. Estudei no Colégio Oswaldo Cruz tendo me formado técnico em três anos, e não em dois meses como se faz agora. Isso me deu uma visão bastante ampla da eletrônica e suas aplicações permitindo-me trabalhar em varias empresas nacionais e multinacionais. Meu trabalho quase sempre foi em laboratórios de desenvolvimento de produtos e o que mais gostei foi quando trabalhei com guitarras, amplificadores e órgãos eletrônicos de três teclados, estes últimos muito complexos.
Por causa da eletrônica aprendi inglês e obtive o Certificado Cambridge da Cultura Inglesa há muito tempo.
Com o passar do tempo o trabalho de desenvolvimento foi diminuindo e hoje quase que não se desenvolve mais produtos no Brasil. Sai mais rápido e mais barato comprar pronto.
Comecei a dar aulas de inglês para principiantes pois na época eu já era fluente no idioma e mais ou menos aos 48/50 anos eu me tornei professor de profissão. Não foi fácil nem rápido. Fiz faculdade de Letras bilíngüe e estudei muito, sem mencionar o quase um ano que morei nos EUA participando de programas de intercambio na juventude.
Consegui me tornar um bom professor, modéstia ás favas, e tenho recebido alguns elogios de alunos e ex-alunos que continuam meus amigos. Hoje , com mais de 60 anos, encontro-me em plena atividade com a mente aguçada e percebendo muito mais do que demonstro.
Mas isso não é o mais importante. O que importa é que lá pelos 50 anos consegui mudar radicalmente de profissão e me sair bem numa idade em que os homens só pensam em se aposentar e passar o tempo pescando.
Detesto pescar. Acho que é matar sem necessidade e sem razão.
Agora que está para nascer uma neta tenho ainda mais razões para continuar estudando e mantendo a mente alerta. Quem sabe se daqui a 10 anos não estarei ensinando inglês a ela?
Esta é a maior beleza da vida. Sempre há algo mais para aprender, sempre há algum progresso mental ou espiritual a ser feito. A vida é infinita e as possibilidades ilimitadas. Cabe a nós aproveitá-las e progredir. Estudar é atividade sem fim.
Citando o site steacher : “Apesar da aparente facilidade da internet, se você não estudar você continuara ignorante”
É isso aí..
PS: se quiser conhecer um site de ingles feito por e para brasileiros visite
Steacher ingles descomplicado

13 setembro 2010

Native Speaker?

Algumas escolas de idiomas ainda dão preferência a “native speakers” para ensinar inglês para brasileiros. OK, ta bom! Eles têm o modo de falar original de seu pais e de seu povo, mas será que todos eles são também Professores?
Deixe-me explicar. Veja só:
Se você andar pelo centro ou pela avenida Paulista,por exemplo, você verá muitas pessoas bem vestidas com bons empregos e muitos com curso universitário. Homens e mulheres de bom nível cultural e falantes nativos (native speakers) de Português, certo?
PERGUNTO:
Isso faz de todos eles, e elas, professores de Português?
Acho que não! E posso explicar por que. Tenho sido professor de Português e Inglês há muito tempo e por isso sei que o domínio do idioma e respectiva gramática é parte da profissão de ser Professor. Uma parte fundamental, mas não a única.
Há muito mais envolvido nisso:
-- é preciso freqüentar cursos de treinamento na função.
-- é preciso ter feito uma faculdade de Letras ou Pedagogia,por exemplo (a faculdade pode não ser fundamental mas ajuda muuuiiitooo).
-- é preciso saber conviver com diferentes pessoas em diferentes situações em diferentes níveis de aprendizado.
-- é preciso ter imensa paciência e lembrar sempre que nós também tivemos dificuldade em aprender.
-- é preciso ser humilde , que não é ser otário como muita gente pensa. É ter consciência de que por mais que saibamos há sempre um universo de coisas que não sabemos.
-- é preciso pelo menos três anos de pratica em sala de aula para adquirir o traquejo necessário, e mesmo isso não nos livra de ter surpresas de vez em quando.
Você deve estar pensando algo como” Esse cara esta querendo dizer que ele sabe tudo isso e é um “super professor”, mas na verdade quem escreve estas linhas tem algumas dessas propriedades mas não todas... quem sabe daqui a alguns anos,né?
Bom.. acho que deu para ter uma boa idéia do que é ser “Professor(a)”.
Agora pergunto:
Será que todas aquelas pessoas que você viu na avenida Paulista tem pelo menos metade dessas habilidades e qualificações? Acho que não,né? O mesmo se aplica a quem é falante nativo (native speaker) de inglês, ou qualquer outra língua.
Então porque essa mania de querer “native speakers”? Só pode ser mesmo vaidade e jogada de marketing, não necessariamente em beneficio do estudante..
Imagine que alguém vai nos ensinar a falar Japonês, e esse professor não fala português. Quanto tempo a gente vai levar pra começar a se comunicar mesmo em nível básico?
Por outro lado se o professor e o curso forem bilíngües ao menos nos estágios iniciais, o progresso é muito mais rápido porque temos a referencia da língua nativa.
Vou parar por aqui pois este assunto da “muito pano pra mangas”. Eu só quis mesmo expressar meu incomodo por essa mania de “native speakers” e expor meu ponto de vista.
.BYE!
Leia no link a seguir uma entrevista com David Graddol - linguista britanico - sobre ensino de ingles.

http://www.galaor.com.br/melhor-professor-de-idiomas/