22 junho 2012

Aprendizado e Casamento

Já ouviu falar em cursos para noivos? O que se ensina nesses cursos? Eu diria que, basicamente, tenta-se passar conceitos de convivência, tolerância e conscientização de que homens e mulheres pensam diferentemente e sentem diferentemente. Isso é devido não só á diferente natureza das criaturas, mas também a fatores culturais.
Sempre se diz que “menino (ou homem) não chora” – atitude machista e estúpida que já gerou muitos problemas psicológicos e alguns ataques cardíacos. Quando se chora a perda de um ser amado alivia-se a pressão interna e se previne um mal maior. A natureza é sábia e não há vergonha em chorar uma grande perda, não é?
Claro que não é preciso gritar desesperadamente e fazer muita algazarra, basta deixar a emoção fluir naturalmente.
Não estou pregando nenhum tipo de “filosofia emocional” ou algo assim. Não faz sentido ser um chorão o tempo todo. Isso já é desequilíbrio emocional.

De modo geral a natureza feminina é mais doce , mais carinhosa, porque ela tem a maior missão que pode ser dada a um ser humano que é ser mãe. Trazer uma vida ao mundo é muito trabalhoso, difícil, e significa uma grande responsabilidade. É um privilegio. E pensar que tem “gente” (assim entre aspas mesmo) que joga os filhos recém nascidos no lixo quando qualquer animal se deixa matar para defender os filhotes. Seremos mesmo a espécie mais evoluída do planeta?
Um homem tem com os filhos uma ligação diferente da que a mãe tem. O amor é o mesmo, mas focado em outros aspectos  mesmo que para isso seja preciso punir de vez em quando.
Todo mundo, mas todo mundo mesmo, tem sempre algo a aprender nesta vida.
Tenho estado casado há 32 anos – e pasmem os descrentes – com a mesma mulher.
Depois desse tempo todo podemos dizer que conhecemos muito bem um ao outro, mas às vezes vemos reações inesperadas a certos assuntos. Isso torna a vida mais interessante. Sempre há algo mais para saber. Se não fosse assim morreríamos de tédio.
Quando se deixa de aprender, também se deixa de progredir e evoluir.
Progresso e evolução pessoais são as duas razões para nossa estadia neste planeta.
Façamos por merecer, certo?

Um comentário:

  1. Sig, eu também estou casada por um bocado de tempo, há 37 anos e (pasme!) com o mesmo homem... rs.

    Acontece, que somos de outros tempos, um tempo onde o amor era sinônimo de tolerância mutua, respeito, companheirismo, etc. Sabíamos e ainda sabemos que um casamento duradouro se consegue na reconquista diária e na troca de gentilezas, que hoje está fora de moda. Pensar no outro em primeiro lugar, antes de nós mesmos. Será que existe um cursinho que ensina isso aos casais?!?...
    Sobre os filhos ‘descartáveis’, nem dá pra comentar, tão cruel é a coisa... Filhos são um presente divino e não consequência de uma ‘junção’ em busca de prazer puramente carnal. Aff!!!

    Adorei seu texto, um daqueles que adoro ver na web!

    Grande abraço.

    ResponderExcluir