Desde
a invenção da escrita, por volta de 9000 anos atrás, o homem tem se comunicado
por esse meio com as mais diversas finalidades.
A
princípio a escrita era usada prioritariamente, para controle de estoques,
importação e exportação de mercadorias e outras finalidades comerciais. Quem
começou esse tipo de escrita contábil, segundo consta, foram os antigos
Sumérios.
Na
antiguidade toda a escrita tinha uma função principalmente administrativa, mas
já existiam também enormes bibliotecas com obras de arte como poemas, epopeias,
contos e lendas, perpetuando a cultura e folclore dos povos antigos. Existiu
uma biblioteca famosa em todo o mundo na cidade de Alexandria que foi
totalmente destruída por causa de guerras, ignorância, preconceitos e invasões
de bárbaros. Foi uma perda enorme pois consta que havia milhares de livros
naquele lugar, que desapareceram para sempre.
No
entanto a Cultura tem vida própria e se um livro desaparece, aparecem outros no
seu lugar. Os homens estão sempre registrando seus pensamentos e crenças em
livros, talvez até hoje o meio mais efetivo de preservá-los para o futuro.
Ao
longo dos séculos a escrita tem sido insubstituível como meio de comunicação.
Muitos podem discordar desta afirmação, por falta de uma observação mais
apurada.
Dirão
que hoje em dia o rádio, a televisão e a internet substituíram a escrita. Mas
na verdade estes modernos meios de comunicação ainda usam, a escrita como
apoio. Os programas de rádio e televisão são feitos baseados em um roteiro
elaborado por uma equipe de produção, que é naturalmente um texto escrito.
A
própria internet é toda apoiada em textos escritos, assim como a comunicação
entre pessoas via internet é feita em sua imensa maioria por escrito.
É claro que no decorrer do tempo, dos costumes e com novos meios de
comunicação, que os mais moderninhos chamam de “mídia”, a forma de escrever
mudou muito, mas se os conteúdos e palavreados mudaram, permanece sempre o uso
de mensagens escritas perpetuando um uso que começou há milhares de anos. E não
há perspectiva de substituição por outra coisa. O ser humano é, basicamente, um
“animal falador e escritor” por necessidade e vocação histórica.
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